Dark Angel: tocar no Brasil como quarteto foi ‘matador’
Os pioneiros do thrash metal da Califórnia, DARK ANGEL, se apresentaram como um quarteto no festival Bangers Open Air em São Paulo, Brasil, no dia 3 de maio, depois que um suposto problema com a companhia aérea impediu o guitarrista Eric Meyer de participar do show. Falando ao The Adventures Of Pipeman sobre as circunstâncias que levaram Eric a não conseguir chegar ao evento, o baterista do DARK ANGEL, Gene Hoglan, disse: “Aquele show em São Paulo foi muito marcante pelo fato de que nosso guitarrista, Eric Meyer, perdeu seu primeiro voo e todos os outros voos depois disso foram cancelados. Então tivemos que tocar como um quarteto. E nossa guitarrista, Laura Christine [esposa de Hoglan], rapaz, ela assumiu a bronca!”
Ele continuou: “Descobrimos durante o ensaio [que Eric provavelmente não conseguiria chegar ao show], porque estávamos ensaiando em São Paulo. Tínhamos um dia para ensaiar, porque eu vim direto da Europa, direto pra lá. Então tivemos uma noite de ensaio. Estávamos descobrindo tudo naquele momento. Começamos uma troca de mensagens, e o Eric falou: ‘Não vou conseguir pegar esse voo.’ Ele já tinha perdido o voo da noite anterior, e o próximo voo estava prestes a ser cancelado. Tanto a Laura quanto eu somos viajantes experientes, então ela foi quem disse: ‘Olha, quando eles estão atrasando esse voo, quando empurram pra frente uma vez e depois de novo’, ela falou: ‘Eles vão cancelar esse voo. Fica ligado, tour manager.’ Fizemos o possível pra levar o Eric — tentaram de tudo, e simplesmente não deu. Então, ali mesmo no ensaio, ela meio que assumiu a responsabilidade e disse: ‘Beleza, vamo lá.’ Ela foi pegando todas as partes do Eric na hora. Músicas em que ele faz a introdução? Ok, agora é ela quem faz. Ela foi resolvendo tudo enquanto tocávamos.”
Segundo Hoglan, “o show foi tão esmagador, foi tão incrível. Dá pra ver no YouTube, dá pra ver todos os elementos do show”, disse ele. “Foi tão coeso, tão matador, tão esmagador. Nunca seria um desastre. Poderia ter ficado um pouco fraco, sem as duas guitarras. Nosso técnico de som, A.K., um dos melhores do ramo — senão o melhor técnico de som de metal do mundo — nos fez soar avassaladores. A Laura mandou muito bem, o Ron [Rinehart, vocalista do DARK ANGEL] mandou muito bem, o Gonz [Mike Gonzalez, baixista do DARK ANGEL] mandou muito bem, eu fiz o que quer que seja que eu faça, e o show ficou fantástico. Foi um baita desafio do tipo: ‘Ok, temos que ser um quarteto. Já fizemos isso antes há trinta e poucos anos, mas vamos tentar de novo e ver como funciona.’ E tivemos um elemento diferente nesse quarto integrante. Então deu tudo certo. Foi incrível. Foi um show muito empolgante. Confere no YouTube. Ficou realmente bom.”