Foo Fighters conquista São Paulo (de novo)

Allianz Parque, SP/SP (27/02/2017)

Em uma noite que parecia prometer chuva, choveram grandes hits do rock e muitas emoções. Um estádio que no início da noite parecia meio vazio, acabou transbordando de gente e de felicidade aparente. Entre a multidão que aos poucos chegava, apareciam pessoas com camisetas das mais diversas bandas – The Beatles, System of a Down, Nirvana, entre outras -, misturadas entre os ternos e gravatas de quem havia saído correndo do trabalho em plena terça-feira para não perder o que seria um grande espetáculo – de rock e de organização.

Para a abertura, os brasileiros do Ego Kill Talent. O quinteto formado por Theo van der Loo, Niper Boaventura, Jonathan Correa, Raphael Miranda e Jean Dolabella apresentou seu rock acelerado e sem posições fixas – apenas o posto de vocalista fica exclusivo a Jonathan Correa.

A banda Queens of the Stone Age subiu ao palco pontualmente e começou a aquecer os espectadores, que não pareceram animar-se tanto até que grandes hits como No One Knows, Make It Wit Chu e Go With The Flow apareceram para iniciar alguns coros entre a plateia. Sem grandes despedidas, a banda, que fez um show de alta qualidade, embora não muito enérgico, deixou o palco para o que seria o ponto alto da noite.

Dave Grohl e seus parceiros de longa data iniciaram o show com Run e, desde o primeiro riff, mostraram que não queriam deixar ninguém parado. Entre hits como All My Life, The Pretender e Best Of You e novidades como The Sky Is A Neighborhood, fizeram questão de envolver novos e antigos fãs. Brincadeiras, grandes solos improvisados de guitarra e bateria e lanternas de celular iluminaram a noite paulistana, que teve direito a hinos do rock como Another One Bites The Dust (Queen), Miss You (The Rolling Stones), Blitzkrieg Bop (Ramones) e Love Of My Life (Queen) enquanto a banda era apresentada ao público. Para os saudosos da bateria de Dave Grohl, Under Pressure (Queen), com os vocais de Taylor Hawking, pode ter sido a chegada ao nirvana. Como ninguém parecia querer ir embora – nem público, nem banda –, ainda sobraram três músicas para o bis, encerrando uma noite que, para os mais emotivos, chegou a ser uma experiência catártica.

(Marina Evangelista)