Premiata Forneria Marconi desfila clássicos em São Paulo

Espaço das Américas, São paulo, SP, 19/04/2018

Quinta-feira, 19/04, um pequeno grupo de fãs do progressivo se reuniram no Espaço das Américas para ver mais uma passagem do PFM por aqui. 13 anos longe dos palcos Brazucas, o público se entusiasmou com a excelente performance de Di Cioccio e companhia.

A banda abriu o show com We’re Not An Island e logo já dominaram o público que aplaudiu extasiado. O som estava ótimo e na sequência, a banda encaixou Four Holes in the Ground, carregada pelo seu toque bastante italiano no ritmo e o uso dos violinos de Fabbri. O ritmo mágico da música encantou os fãs presentes, mais uma vez.

A banda, porém, ganhou o público quando começa a cantar seus sucessos em italiano. La Carrozza di Hans, sucesso do Storia di un Minuto e um dos melhores momentos do show, começando pelo lindíssimo e erudito solo de piano, ao melhor estilo italiano, seguida pelo excelente trabalho nas baterias da dupla Guali e Di Cioccio. O som incrivelmente erudito da banda, se mistura ao renascentismo inglês e nos proporciona uma exímia aula de progressivo que arrancou aplausos dos presentes em pé.

Na sequência as músicas do novo disco, não agradaram tanto, sendo um dos pontos baixos do show, mas a incrível apresentação de Harlequin, com sua complexidade inerente e o movimento bizarro da troca de bateristas no meio da música e a pegada firme do rock com a música Mr. 9 Till 5 enumeram bem o que é o PFM.

Para completar o show, a banda ainda fez duas performances incríveis, numa conexão concisa e impecável entre o progressivo e o clássico. A começar por Romeu e Julieta, de Prokofiev, incrível música que também foi gravada pelo Emerson, Lake and Palmer no disco Black Moon de 92, com a diferença que o sintetizador perde espaço para o violino, recriando um estilo mais renascentista.

A apresentação do Overture de Guilherme Tell, fechou muito bem o show. Logo após, a banda retorna para o bis com Celebration. Mais um arregaço no palco e o PFM confirma o porquê é uma das maiores bandas setentistas e faz um dos melhores shows do ano. Pena que foram poucas pessoas que tiveram a sorte de ver essa apresentação.

(Dionísio Febraio)