Review do Sweden Rock Festival 2022, na Suécia

A 29ª Edição do Sweden Rock Festival voltou em 2022 com força total, acontecendo entre os dias 8 e 11 de junho em Sölvesborg, Suécia. Foram 4 dias de paz, alegria e muita música. E acima de tudo, de reencontro.

Já na terça-feira, véspera do primeiro dia do festival, a região já estava bem movimentada e tomada por rockeiros que já se instalavam nos hotéis, chalés e áreas de camping.

Nesta edição houve algumas mudanças como o aumento da área e a inclusão de espaços próximos aos palcos como o Wine Bar com mesas e cadeiras ao ar livre. Também criaram um espaço para crianças. 

 

Com capacidade para 35 mil pessoas, esta edição trouxe 89 bandas distribuídas em 5 palcos proporcionando mais de 12 horas diárias de muito rock.

Como headliners, Volbeat (Dinamarca) considerada uma das maiores bandas européias de metal da atualidade, In Flames (Suécia) com sua nova formação desde a última apresentação no Sweden Rock representando uma das maiores bandas de death metal melódico da Suécia, e Guns N’ Roses (EUA) reunindo Axl Rose, Slash, Duff McKagan e Dizzy Reed, todos da formação de 1987 quando lançaram o álbum “Appetite for Destruction”.

O line up contou com um variado cast para todos os gostos. Tivemos o peso de Accept, Mercyful Fate, Saxon, Overdrive, o thrash com Megadeth, Raubtier fazendo um industrial pesado com um vocal bem presente, Kadavar e sua bateria bem marcada. Contamos também com Bonafide, Eclipse, Nightwish, Social Distortion, Sodom, Saxon, Nashville Pussy, Opeth, Amaranthe, Sonata Arctica, Within Temptation, Nestor, Devin Townsend, Art Nation, D.A.D., Alestorm, e Kingdom Come.

 

Pessoalmente tive a oportunidade de ver ao vivo pela primeira vez as clássicas Ten Years After, 10CC, além de conhecer Saga que traz um som mais progressivo. Fui conferir o rock and roll de Night Ranger e Honeymoon Suite que me fez lembrar Bryan Adams nos anos 80, as performances de Jean Beauvoir, Nestor e Lee Aaron também pela primeira vez. Michael Monroe que entreteve o público com seu visual e sua energia que o fez até escalar a estrutura do palco.

Grandes surpresas como Eric Gales, Walter Trout e Warner e Hodges Band provaram que o Blues e o Blues/Rock reúnem um público de emocionar.

Uma novidade foi The Halo Effect que debutou no Sweden Rock. Banda sueca formada por ex-membros de In Flames e Dark Tranquility. Outras bastante esperadas foram Victory com o ex-guitarrista do Accept e Ross the Boss com o guitarrista do Manowar e baixista do Symphony X.

O sol brilhou e o frio se manteve distante durante os quatro dias que, como tudo que é bom dura pouco, passaram voando.

 

O Sweden Rock todos os anos reúne um público de mais de 50 países. E o Brasil é muito bem representado. Carlos Chiaroni, que desde 2005 leva um grupo de brasileiros para o festival, diz que a edição de 2022 foi como lavar a alma voltar a encostar na grade de um grande festival e assistir de perto seus artistas favoritos. “Não ter o festival em 2020 e 2021 causou um vazio, uma sensação de que estava faltando alguma coisa. O Sweden Rock passou a fazer parte do meu calendário anual”, diz Carlão. Na sua opinião é muito importante dar atenção às bandas menores, pois tem muita coisa de qualidade e é uma oportunidade de trazer novidades para sua loja Animal Records (Galeria do Rock, São Paulo).

Fernando Nogueira Jorge, que pela 5ª vez voa de New Jersey nos Estados Unidos para fazer parte da delegação brasileira, admira a excelente e eficiente organização do evento o cumprimennto dos horários e o clima de alegria e civilidade em todos os sentidos, pois não existe confusão nem tumulto num universo de cerca de 35000 pessoas. “O Sweden Rock nunca decepciona”, diz Fernando que considera a edição de 2022 a melhor de todas que já visitou, e o Sweden Rock o melhor de todos os grandes festivais do verão europeu. Não é para menos que já confirma sua presença em 2023.

A 30a. Edição do Sweden Rock já tem data marcada e acontecerá entre os dias 7 e 10 de junho de 2023.

Até lá!

(Texto e fotos: Patricia Patah)