Review: apresentação do Krisiun ao vivo em São Paulo

Finalmente e o que tudo indica, é questão de tempo para que nossas vidas retornem à normalidade, sem o uso de máscaras e outras restrições. No último dia 1, o Governo do estado de São Paulo passou a adotar novas medidas de flexibilização, as quais autorizou o retorno do público aos shows e eventos esportivos. Com isto, um público que estava sedento por um espetáculo, compareceu em peso na renomada casa de shows Carioca Club. 

Tudo isto para prestigiar um dos maiores ícones do Death Metal mundial, o Krisiun. Que no ano passado já havia se apresentando em plena pandemia, em um show experimental no mesmo local, porém cumprindo diversas restrições. Mas vamos ao que interessa, o domingo estava ensolarado e quente, excelente para promover uma belíssima confraternização. 

A ansiedade era tanta, que eu e alguns e amigos nos reunimos por volta das 14 horas, mas foi mesmo depois das 16 horas que a grande maioria da galera começou a chegar e em pouco tempo, já havia um grande público esperando pela abertura da casa, o que aconteceu às 18 horas. Pontualmente às 18h30, tivemos a primeira atração no palco, a banda Hellgarden, que ficou encarregada de dar o ponta pé inicial ao evento. O grupo é oriundo de Botucatu, cidade que fica a pouco mais de 250 km da capital paulista. Mostrando bastante atitude e uma excelente presença de palco, a banda foi conquistando o público aos poucos, muito disso se deve ao carismático vocalista Diego Pascuci, que a todo momento interagia com a galera. A banda ainda conta com a presença de Guilherme Biondo (baixo), Matheus Barreiros (bateria) e Caick Gabriel (guitarra). 

Após aproximadamente 50 minutos de apresentação, o grupo deixou o palco com o seu dever comprido. Pausa, era momento de retomar o folego e aguardar o momento tão aguardado da noite, que aconteceu pontualmente às 20 horas, quando passou a ecoar através dos PAs uma introdução, era hora dos três cavaleiros do apocalipse comparecerem ao palco, executando logo de cara um grande clássico Ravanger, faixa pertencente ao aclamado disco Conquerors of Armageddon. 

Na sequência tivemos outra pedrada na orelha Vengeance’s Revelation, que exaltou ainda mais os ânimos na pista. As próximas faixas a serem apresentas foram Blood of Lions, Refusal e Descending Abomination, esta última inclusa no excelente trabalho The Great Execution gravado em 2011. Os irmãos seguiram presenteando os fãs com uma enxurrada de clássicos, tais como Bloodcraft, Hatred Inherit, seguidas por Soul Devourer e Apocalyptic Victory. 

Nesta altura da apresentação, Alex Camargo (baixo/vocal) tomou um pouco do tempo para fazer um breve discurso, prestando sua homenagem as mulheres que participam de nosso movimento, seja na arte ou na música e finalizou dedicando a próxima faixa Murderer a uma grande representante do metal nacional, Tuka Quinelli, que diga-se de passagem, produz maravilhosos quadros com barbantes e pregos, criando verdadeiras obras de artes. 

Dando continuidade, o Krisiun, que dispensa apresentações é formado por Moyses Kolesne (guitarra), Max Kolesne (bateria) e pelo já citado Alex. Nesta altura do campeonato, já estamos nos dirigindo para reta final e chegou o momento mais aguardado por mim, o anuncio de Conquerors of Armageddon, que em minha modesta opinião, possui um refrão matador Kill, kill, kill lord Jesus Christ. 

Após esta porrada nos tímpanos o grupo mandou o mega clássico Grinder, da banda inglesa Judas Priest. A saideira ficou por conta de um som muito pedido pelos fãs, o seu nome é nada mais nada menos que Black Force Domain, encerrando desta forma com chave de ouro.

Foi uma noite irretocável, música boa, casa cheia e o melhor de tudo, o krisiun, que entregou aos fãs uma apresentação impecável, repleta de clássicos, fazendo com que 1h30 de show passasse rapidamente. Antes de deixarem o palco o grupo agradeceu a presença de todos e ainda realizou aquela famosa foto com o pessoal. O trio demostrou mais uma vez o porquê de serem um dos maiores nomes em seu estilo musical. Krisiun é do Brasil! 

(por Leandro Cherutti)