Dissecando o Hellfest 2023: acompanhe o que vem por aí

Hellfest Open Air
15, 16, 17 e 18 de junho de 2023
Clisson, França

Antes do final de 2022, o Hellfest anunciou o tão esperado Line-Up para 2023, uma espera que já se tornou uma tradição entre os Bangers do mundo inteiro.  Alguns nomes já apareciam como obvios considerando os cartazes anunciados por festivais vizinhos e que acontecem no mesmo fim de semana do nosso apreciado Hellfest e facilitados pelo proximidade geográfica, como é o caso do Graspop na Bélgica e do Azkena da Espanha. 

Mas até que ponto o Hellfest nos surpreendeu ou nos emocionou com o cartaz?  Obviamente nenhum cartaz será comparado ao de 2022 aonde tivemos dois finais de semanas seguidos e ali vimos em sete dias de evento o que muitos demoram uma vida para fazê-lo.  

E para 2023, como vemos e opinamos desde dentro do evento?  O mesmo que frequentamos anualmente desde a edição de 2010 e que vimos anos após anos os erros e acertos, a evolução, o crescimento e o embelezamento do mesmo. Bem, como tivemos há pouco uma Copa do Mundo, podemos fazer uma comparação rasteira com a mesma.  

A cada fim de semana vemos e revemos os mesmos jogadores atuarem dentro das quatro linhas com seus clubes. Igualmente já assistimos em outras edições de Mundial atuarem por suas seleções, talentos que já jogaram 3, 4 ou até mesmo cinco Copas seguidas mas quando chega a esperada data Fifa, lá estamos para vê-los uma vez mais com a vontade de sempre.  

Pois assim vemos a edição do Hellfest em 2023, um desfile de craques que já passaram pelo mesmo duas, três ou até quatro vezes nessas ultimas doze edições em quatorze anos, lembrando que não tivemos festival em 2020 e em 2021. Lá em Clisson Rock City já vimos, revimos e fotografamos Kiss, Iron Maiden, Slipknot, Hollywood Vampires, Venom, Testament, The Cult, Rancid ou In Flames, apenas para citar um punhado de bandas que figuram no cartaz mas mesmo assim, lá estaremos um ano mais para curtir e cobrir o evento da melhor maneira possível. 

E aonde vem as surpresas?  Bem, assistir ao Pantera mesmo que essa não seja aquela banda de outrem e sim uma versão renovada da mesma devido as circunstâncias mas que para fãs que não puderam ver de perto a formação original já será um grande negócio.   

Um Slipknot que chega com disco novo debaixo do braço “The End, So Far” e também o Iron Maiden com sua The Future Past Tour prometendo tocar varias canções inéditas do disco mais recente “Senjutsu” projetadas sobre o emblemático “Somewhere in Time”.  

Teremos também Motley Crue tocando no festival após uma ausência de onze anos e que tocará no Brasil antes de embarcar para a Europa mas que por aqui as expectativas são enormes.   

Todas estas bandas são os destaques do palco MainStage 01 deixando o MainStage 02 com nomes como Tenacious D, Incubus, Sum 41, Parkway Drive, Papa Rocas, Powerwolf e muito mais. Ao chegar no Warzone, palco que originalmente tocavam bandas menores e habitualmente invadido por punks, hardcores e afins que se converteu no terceiro palco mais importante do evento.  Porém o que nos chama a atenção é a ausencia quase que completa de bandas Hardcore ou pelo menos de grandes nomes do estilo.  

Era esperado pelo menos o Biohazard que anunciou seu retorno recentemente e com a formação original mas que talvez tenha passado desapercebido ou deixado para a próxima edição em um cartaz com um perfil mais para o estilo.  O que não poderemos reclamar é da presença Punk Rock no WZ.  Rancid, Black Flag, Cockney Rejects são os nomes mais destacados.  

Nos surpreendeu ver Municipal Waste escalado para este palco mas não temos nenhuma duvida de será uma festa caótica quando pisarem no mesmo.  Também por ali circulará o Pro-Pain, Stray From The Path e Fishbone. 

No palco Valley os destaques ficam por conta de The Cult, Clutch e Melvins alem de Monster Magnet e Greg Puciato.  O palco Altar se tornou referencia das bandas Thrash Metal clássicas, bandas que anteriormente figuravam nos Mainstages em horarios sacrificantes e que agora estão no melhorado e melhor estruturado Altar que assim como o Temple em horários nobres.  

Palcos que aumentaram de tamanho e tiveram a pista asfaltada e não mais um gramado que se tornava terra e levantava uma poeira sufocante que nem mesmo as bandas aguentavam tocar por muito tempo.  

No Altar os destaques ficam por conta de Testament, Exodus, Schizophrenia e Dark Angel.  Sim, o Dark Angel já tocou no evento em 2014 mas ao que tudo indica tocarão o antológico Darkness Descendents na integra para o deleite dos fãs.  Também figuram Meshuggah, Voivod, Suffocation e As I Lay Dying.  Está aí um palco que não deixaremos para trás. Para finalizar mas sem perder a importância temos o palco Temple, habitualmente frequentado por “forças ocultas” com direito a trilha sonora de bandas como Dark Funeral, Behemoth, Gorgoroth, o já citado Venom além de 1349, Finntroll e um dia menos metal com The Field of Nephilim e Paradise Lost e The Hu que toca no dia anterior. 

Essas são nossas expectativas de poder conferir de perto e levar informação detalhada do que acontece no vilarejo de Clisson e estampar aqui, na Rock Brigade, da melhor maneira possível.

(Ana Paula Soares e Mauricio Melo)