Abaddon detona IA e não descarta volta do Venom original

Em entrevista para a Get Heavy UK, o ex-baterista do Venom e Venom Inc., Abaddon, cujo nome real é Antony Bray, opinou sobre o debate envolvendo pessoas usando um gerador de música baseado em IA (Inteligência Artificial) como uma ferramenta para criar melodias, harmonias e rimas com base em algoritmos de IA e modelos de aprendizado de máquina (ML). 

“IA em geral eu não gosto nem um pouco. Quero dizer, eu acho que se a IA fosse lavar a louça e varrer os tapetes e fazer todas essas coisas para que eu pudesse continuar sendo um artista, pintando, gravando música ou cantando ou fazendo algo assim, seria ótimo. Mas quando eu tenho que limpar o bumbum dos bebês e limpar os tapetes enquanto a IA faz a arte, então há algo drasticamente errado.”

Ele acrescentou: “Eu não acho que ela tenha lugar na nossa forma de música. Eu realmente não acho. Penso que, do meu ponto de vista, temos que dar um passo atrás e recuperar o coração da música, a alma, a paixão, porque é aí que está. É onde estava com Motörhead, é onde estava com Judas Priest. Eles não eram os melhores guitarristas do mundo. Eles não eram bateristas ou tecladistas virtuosos. E todos eles melhoraram apenas estando juntos, não apertando botões.”

Há um ano, Bray foi questionado pelo The Meista – Brews & Tunes sobre a possibilidade de uma reunião da formação clássica do Venom, que também conta com o vocalista Conrad “Cronos” Lant e o guitarrista Jeff “Mantas” Dunn. 

Ele respondeu: “Não vejo por que não… Eu acredito firmemente que, se colocarmos nós três em uma sala juntos, tudo começaria novamente. Eu realmente acredito nisso. A essência estaria lá. A intenção estaria lá. O coração e a alma estariam lá. Porque é o que fazemos. Não somos músicos virtuosos. Não somos gênios no que fazemos. O que somos bons é em estar juntos e estar na banda, e não vejo por que isso não deveria acontecer novamente… Eu consigo ver isso acontecendo. Muitas pessoas dizem que não, mas eu consigo ver isso acontecendo.”