New Model Army em São Paulo 2024: review e galeria de fotos 

Os ingleses do New Model Army liderado pelo figuraça icônico Justin Sullivan e acompanhado pelo energético Ceri Monger (baixo), Michael Dean (bateria) preciso e certeiro substituto do falecido Robert Heaton, Dean White (guitarra) e com o apoio de Nguyen Green (teclado), desembarcaram na capital paulista na noite de 8/6 no Carioca Club para a realização de mais um show eletrizante e cantado do início ao fim em uníssono (a maior parte do tempo) pela família de fãs que lotou a casa de shows e nada surpreendente, vindo de uma banda que no auge dos seus 44 anos de estrada segue reinventando e misturando seu pós-punk com rock pesado e ainda cativando uma legião de fãs, filhos e pais como presenciei o encanto e alegria de um que estavam a minha frente na pista, o clássico: pais acompanhando e apresentando uma banda de rock aos filhos.

 No horário pontual a banda de abertura The Brutus que conta com Doug J. Pererê (guitarra), Champs Fantasma Marciano (baixo) e Oquito Tubarão Martelo (bateria) com seus rostos cobertos por máscaras de luta livre mexicana, foi a responsável por animar o público que ainda começava a chegar no local com sua instrumental surf music clássica, pesada e porque não dançante, que ficou evidente nas dancinhas desajeitadas e divertidas feita pelo roadie da banda.

 

A impaciência da espera por um atraso de 25 minutos foi tão logo esquecida quando o NMA adentrou ao palco mandando ver “Coming or Going”, música do seu mais recente e 16º álbum “Unbroken”. A propósito, álbum este que está sendo muito bem recebido pela crítica e pelos fãs, e que já conta (me arrisco a dizer) com músicas que sim podem se tornar clássicos, como “First Summer After” que foi recebida de maneira emocional pelo público, além de “Language”, “Do You Really Want to go There?”,  aliás o show foi mesclado dos clássicos como “Purity”, “51st State”, “Here Comes the War” e das novas músicas que já estavam na ponta da língua de todos.

A volta para o bis foi para uma despedida alta e festiva, jogando para os fãs “Vagabonds”, “The Hunt” e “I Love the World” que até fizeram uma singela “roda” na pista.

Um show que após o atraso (nada britânico) muitos esperavam que poderia durar mais muito mais, uma festa do rock com a galera ensandecida, receptiva, músicos se divertindo, Sullivan com suas caretas divertidas e seu visível contentamento e agradecimento pelo que estava acontecendo ali.

Por Karina Santa Roza; Foto: Leandro Almeida