‘Vile’ integra série de reedições luxuosas do Cannibal Corpse

Voice Music, Rock Brigade Records e Cold Art Industry dão continuidade à série de relançamentos em CD do Cannibal Corpse no Brasil. A peça da vez é Vile, quinto álbum de estúdio da banda mais brutal do death metal, que chega às lojas em formato de luxo, com slipcase envernizado, encarte com letras e fotos e som remasterizado por Fabio Golfetti.

Lançado originalmente em 21 de maio de 1996, Vile marcou a estreia do vocalista George “Corpsegrinder” Fisher, recrutado junto ao Monstrosity para o lugar de Chris Barnes, demitido da banda no meio da gravação.

“A gente tinha visto o George cantar no Monstrosity e achava que ele era um cara legal e engraçado, então perguntamos se ele queria gravar o Vile com a gente”, recorda o baixista Alex Webster. “Ele adora cantar, e ainda consegue cantar rápido para c*ralho, exatamente o que queríamos que ele fizesse”.

“O momento em que o Cannibal e eu não concordamos foi quando eles substituíram o Chris”, conta Brian Slagel, dono da Metal Blade Records, gravadora do Cannibal Corpse nos Estados Unidos. “Naquele ponto, a banda estava ficando realmente famosa e o próximo álbum tinha muito potencial para ser grandioso. A última coisa que você faz numa situação dessas é substituir o vocalista, mas eles substituíram — e não me contaram porque sabiam que eu não ia ficar muito feliz! Mas George acabou por ser um vocalista incrível e eles não perderam nada com a substituição. Ele era o cara perfeito para eles”.

Vile foi também o primeiro disco a trazer o logotipo utilizado até hoje — já que o anterior havia sido desenhado por Barnes —e o último trabalho do grupo a contar com o guitarrista Rob Barrett — que voltaria dez anos depois em Kill — e com o lendário produtos Scott Burns.

Não obstante a quantidade de pontos de ruptura se tornou o primeiro e último álbum do Cannibal Corpse a chegar às paradas da Billboard nos EUA: um louvável 151º lugar no Top 200 do país.

É de Vile a sétima música mais tocada ao vivo pelo grupo em sua história: Devoured by Vermin. Segundo Webster, a música “literalmente é sobre uma pessoa ser comida por ratos”.

Outro destaque é Puncture Wound Massacre, na qual o baixista divide créditos com Fisher e o baterista Paul Mazurkiewicz. “Quando crio letras para uma música rápida e agressiva como essa, costumo escrever sobre alguém perdendo completamente a cabeça e matando alguém por ódio”, explica ele. “A vingança é definitivamente um tema frequente em muitas das músicas que escrevo, mas não se preocupem, não estou cheio de ódio ou algo assim. É apenas algo que essa música me faz pensar”.

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