Review: relançamento de Butchered At Birth, do Cannibal
“A tortura de um é o prazer de outro”, vocifera Chris Barnes em Gutted, faixa 2 do que é considerado o primeiro divisor de águas da carreira do Cannibal Corpse.
Barnes, Paul Mazurkiewicz (bateria), Alex Webster (baixo) e os guitarristas Bob Rusay e Jack Owen começaram a escrever material para seu segundo álbum praticamente logo após gravarem Eaten Back to Life (1990). Com exceção de alguns shows aqui e ali, foram meses de foco total, pensando em como obter o título de banda mais brutal do mundo.
Lançado em 1º de julho de 1991, Butchered at Birth não é para os fracos; da doentia ilustração de capa assinada por Vincent Locke à agressão e implacabilidade do repertório, que tem como destaques Covered with Sores e Vomit the Soul, dobradinha cujas letras são peremptórios sinais de uma inexplicável obsessão por eviscerações e fluidos corporais que só se agravaria com o passar dos anos e a cada novo disco.
A presente edição nacional, fruto da parceria entre Voice Music e Rock Brigade Records, inaugurou, em 2021, a série de relançamentos em formato deluxe do Cannibal no Brasil. Slipcase e encarte com letras, fotos e comentários dos integrantes estão entre os atrativos. Bora refazer a coleção com materiais mais caprichados do que os de época?
(Texto: Marcelo Vieira)