Review e galeria de fotos: Primal Fear em São Paulo

Fabrique Club, São Paulo
29/10/2023

Em um domingo de muita chuva e calor em São Paulo, os alemães do Primal Fear estiverem presentes na cidade para sequência de sua tour pela América do Sul. Desta vez vieram para promover seu mais novo trabalho de estudio, o excelente “Code Red”, seu 14º trabalho de inéditas. 

Neste mesmo domingo a cidade de São Paulo, recebeu uma enxurrada de shows internacionais. Além do Primal Fear, também se apresentaram a banda de death metal Obscura, os populares peso pesados do thrash metal Machine Head e também os ícones do Black metal sueco Marduk. Mostrando que o Brasil, mesmo com a economia não indo bem, ainda se mantém como rota obrigatória para shows de Rock/Metal. 

Talvez esse grande número de shows, a chuva e a grana curta tenha afastado um pouco o público, já que o Fabrique Club não estava completamente cheio. 

Pontualmente às 19:30h, sem nenhum minuto de atraso, o telão se acende com a capa de “Code Red” e se inicia a intro “Primal Fear”, surgindo no palco Michael Ehré (bateria), Alex Beyrodt (guitarra), Tom Neumann (guitarra), Alex Jansen (baixo) e Ralf Scheepers (vocais) detonando o hino “Chainbreaker” de seu clássico álbum de estreia “Primal Fear”. 

 

Aqui cabe a nota de que o baixista/vocalista/produtor e líder da banda Matt Sinner está afastado dos palcos devido a graves problemas de saúde que o impedem de sair em turnê com a banda, tendo sido substituído pelo competentíssimo Alex Jansen.

 Seguindo em alta voltagem atacaram com uma das minhas favoritas “RollerCoaster” energética música que consta em “Seven Delas”, disco de 2005. Neste ponto já era nítido que teríamos uma grande noite pela frente, a banda estava muito afiada no palco, sorridentes e dava para perceber que estavam se divertindo muito, principalmente Ralf Scheepers, que durante todo show brincou com a plateia, arriscou frases e músicas em português, fez piadas, chamou as garotas de “Tchutchucas”, arrancando gargalhadas gerais. Ainda pediu caipirinhas, puxou “We Will Rock You” do Queen, em um clima sensacional! 

Seguindo com a surra de power metal, vieram “The World is on Fire”, “Deep in The night”,”Face The Emptiness” e “Another Hero” – todas canções executadas com maestria e sendo respondidas com muito entusiasmo pela plateia. Então uma energia radioativa é sentida no ar – e não poderia ser diferente, uma bomba atômica foi lançada no local em forma de “Nuclear Fire”, clássico absoluto que fez o chão tremer e as paredes balançarem. 

“Hear me Calling” e “Fighting The Darkness” mostraram por qual motivo Ralf Scheepers é uma das vozes mais  potentes do heavy metal: cantou demais! 

“King of Madness” mostrou que a banda está em grande fase, escrevendo excelentes composições. O show seguia com “The End is Near” e “When Death Comes Knocking”. 

Um membro que preciso destacar é o baterista Michael Ehré – que já passou por diversas bandas como Gamma Ray, Metalium, Vinnie Moore, Uli John Roth, entre outras –, muito preciso, caiu como uma luva em um posto que já foi de nomes como Randy Black e Aquiles Priester. 

“Metal is Forever” veio na sequência mostrando todo amor da banda pelo estilo e fecharam com “Final Embrace”, outra que nunca pode faltar. A banda se retira do palco e após um breve instante retorna com a explosiva e certeira “Angel in Black” e para encerrar a noite com estilo, mostraram toda sua influência de Judas Priest em “Running in The Dust”. 

O espetáculo se encerra com a banda a frente do palco guiando uma coreografia e interagindo com o público. Definitivamente um baita show, de uma banda que mostra que ainda está em grande forma e que com certeza ainda trará grandes momentos aos amantes do heavy metal. Por mim só faltou tocarem músicas (poderia ser na íntegra) do disco “Black Sun”, meu favorito. Mas, tudo certo, na próxima estarei lá com certeza!

Por Jean Praelii; Fotos: Marcelo Catacci