Deep Purple mostra fôlego em show de SP: review e fotos

13/9/2024
Espaço Unimed, São Paulo-SP

Na sexta-feira do dia 13, no Espaço Unimed, o Deep Purple, uma das bandas mais clássicas do rock, se apresentou novamente em solo brasileiro, na tour de suporte do álbum mais recente da banda, “=1”. 

O show, marcado para 22h, não contou com banda de abertura. E, na hora marcada, começa um vídeo que mostra o logo da banda ao som da “Mars, the Bringer of War”. Nesse momento, o público vibrava com gritos e aplausos. Ao final da montagem, todos os integrantes subiram ao palco para tocar “Highway Star”. 

A formação atual conta com Ian Paice na bateria, Roger Glover no baixo, Ian Gillan no vocal, Don Airey no teclado e Simon McBride na guitarra. Logo em seguida, tocaram uma das novas músicas, “A Bit on the Side”. Tanto essa música, como as outras músicas novas tocadas durante o show, mostram como o Deep Purple, mesmo após 56 anos de banda, continua sendo capaz de criar novas músicas boas e que respeitam o legado da banda. 

Tirando as músicas do novo álbum, a setlist não é diferente do esperado da banda, recheada de clássicos que todos anseiam por ouvir num show do Deep Purple, entregues da melhor forma. O show ainda contou com 2 solos de teclado e um de guitarra. No solo de guitarra, é onde podemos ver o talento do McBride, que entrou na banda em 2022. 

 

Muitos talvez ainda não tiveram a oportunidade de o assistir ao vivo, e ele mostra que, mesmo sendo mais novo, tanto de idade quanto de experiência com a banda, ainda consegue acompanhar os outros membros com facilidade. 

Existem duas coisas que fazem valer a pena ir num show do Deep Purple sempre que possível. A primeira é que, mesmo com a idade avançada dos membros, que tirando McBride, já estão chegando aos 80 anos, eles conseguem entregar um show de respeito, tocando perfeitamente todas as músicas antigas, e com Gillan ainda cantando muito bem para sua idade. 

O outro fator é o de que, mesmo que você dê o azar de ver exatamente a mesma setlist de músicas do show anterior, eles improvisam muito durante solos e pontes instrumentais, tornando todo show único de alguma forma. E essas improvisações são a parte onde o show realmente brilha, mostrando toda a habilidade dos integrantes e segurando a atenção do público até o final. 

Eles “finalizaram” o show com “Smoke on the Water”, mas, em menos de 2 minutos, voltaram ao palco para tocar o bis, que contou com 3 músicas: “Green Onions”, cover de Brooker T. & the MG’s, o clássico cover de “Hush”, do Joe South, e a famosa “Black Night”, do “In Rock”. Este show mostra o motivo do Deep Purple ser uma banda tão clássica e famosa quanto é. Mostra que, enquanto eles puderem tocar e cantar, eles irão entregar bons shows sem decepcionar nenhum de seus fãs.

Por Eduardo Santos; Fotos: Leandro Almeida