Cansado, Ian Anderson cogita aposentadoria do Jethro Tull

Em uma entrevista com Mike Hsu da estação de rádio 100 FM The Pike, o líder do Jethro Tull, Ian Anderson, 76 anos, falou sobre o que o mantém motivado a continuar lançando álbuns e fazendo turnês, mais de cinco décadas após a formação da banda.

“Nos anos 70, lançávamos um novo álbum todos os anos, o que era bastante trabalhoso. Mas, na verdade, isso me lembra Stephen King, o romancista — ele conseguiu escrever dois livros por ano praticamente durante toda a sua vida adulta. E assim, acho que para aqueles de nós que são criativos por profissão, é difícil imaginar um ano passar e você não ter criado algo novo, mesmo que no meu caso não seja um novo álbum lançado a cada ano, mas há muitas outras coisas criativas que tenho feito nesse período de tempo; mesmo que não seja um novo álbum, sempre há outras coisas acontecendo”, disse Anderson.

“Não tenho certeza de quanto tempo continuará. Deve haver aquele ponto em que você simplesmente reconhece que não tem mais capacidade para fazer aquelas coisas. Mas não consigo imaginar como isso seria. A ideia de que não resta nada; agora eu teria que jogar golfe ou pescar ou algo assim — Deus me ajude… Eu preferiria lavar a roupa de outra pessoa do que começar a jogar golfe”, brincou ele.

O Jethro Tull embarcará na turnê “The Seven Decades” ainda neste mês. Liderado por Anderson, o concerto apresentará uma rica coleção do repertório mais conhecido do Jethro Tull de 1968 até os dias atuais. Os fãs reconhecerão as músicas-chave de vários álbuns — composições que colocaram o Jethro Tull e Ian Anderson no mapa durante essas sete décadas.

A turnê “The Seven Decades” passará pelos Estados Unidos de agosto a novembro, com paradas em Indianápolis, San Diego, Los Angeles, Boston, Nova York, Albany etc.

O Jethro Tull lançou seu 23º álbum de estúdio, “RökFlöte”, em abril último pela InsideOut Music. Após “The Zealot Gene” de 2022, o primeiro LP do grupo em duas décadas, Anderson e seus colegas de banda retornaram com um álbum de 12 faixas baseado nos personagens e papéis de alguns dos principais deuses do paganismo nórdico antigo, e ao mesmo tempo explorando o “RökFlöte” — a flauta de rock — que o Jethro Tull tornou icônica.