Sepultura na despedida de SP: review e galeria de fotos

6/9/2024
Espaço Unimed, São Paulo/SP

Após 40 anos na estrada, o Sepultura está encerrando suas atividades em sua tour “Celebrating Life Through Death”, onde já passaram por diversas cidades brasileiras, e, no fim de semana dos dias 6 a 8 de setembro, fizeram shows sold-out no Espaço Unimed (antigo Espaço das Américas). 

O Espaço Unimed, localizado na Barra Funda, é uma boa casa de shows, bem espaçosa e com um bom som. O maior problema do espaço é o calor insuportável que fica quando está lotado. A banda de abertura do dia 6 foi Torture Squad. A banda abriu o show com Lilith no palco, e logo em seguida subiram ao palco para tocar “Hell Is Coming”, onde já mostraram que conseguiriam agitar o público que aguardava ansiosamente pelo Sepultura. Na música “Raise Your Horns”, conseguiram fazer a casa inteira levantar os chifres para o alto enquanto cantavam o refrão junto com a Mayara Puertas, atual vocalista da banda. 

 

Por fim, na “A Farewell to Mankind”, a penúltima música, a banda entregou o máximo de si, com certeza conquistando alguns novos fãs que ainda não conheciam a banda. Ao final, a Mayara tocou no piano a música “The Last Journey”, com Lilith de volta no palco. Então, todos começaram a aguardar ansiosamente pelo show do Sepultura. 

Após uns 15 minutos de atraso, as caixas de som começaram a tocar “War Pigs”, do Black Sabbath e “Polícia” do Titãs, para anunciar que o show estava pra começar. Então, Sepultura entra no palco tocando “Refuse/Resist”, seguida de “Territory”, que animaram tanto o público que era impossível de você não pular, se jogar ou até mesmo entrar no mosh. 

Direto nas duas primeiras músicas devem ter sido perdidas muitas chaves e carteiras no meio da confusão. Era possível ver a alegria da banda também de estar tocando para 8 mil pessoas animadas em assisti-los em um de seus últimos shows. Pelo meio da apresentação, em algumas das músicas mais recentes, ainda que animadas, o público estava mais calmo, sendo possível parar pra dar uma respirada. 

Destaques do show vão para a “Kairos”, que cantavam de braços abertos junto com Derrick, “Means to an End” e “False”. Porém, a energia contagiante voltou com peso mesmo com a sequência de “Choke” e “Escape to the Void”. Após o clássico do “Schizophrenia”, o Sepultura deu outra pausa pra gente respirar, tocando “Kaiowas” junto com fãs presentes no show e alguns amigos, como o Torture Squad, Jean Patton e Yohan Kisser. 

 

E voltamos pra porradaria com a sequência de “Dead Embrionic Cells” e “Biotech is Godzilla”, onde a plateia inteira gritava “Biotech! Biotech!” no refrão da música. Para finalizar o show, tocaram “Inner Self” e “Arise”. Por mais que todo mundo já saiba das habilidades de Paulo Jr., Derrick Green e Andreas Kisser, queria apontar o talento do Greyson, o atual baterista do Sepultura. Ele foi convocado em cima da hora pra tocar com o Sepultura, e conseguiu em poucos meses aprender todas as músicas da banda e tocar de forma muito parecida com as originais. Poucos bateristas conseguiriam isso tão rápido. 

Após a banda voltar para o bis, finalizaram o show com “Ratamahatta” e “Roots Bloody Roots”, onde até quem queria estar parado por qualquer motivo foi levado pela multidão de um lado pra o outro. O show foi gravado para ser lançado como álbum ao vivo, como foi dito pelo Andreas no palco, e não podiam ter escolhido um show melhor para isso. No dia 6, pudemos ver como as pessoas ainda amam da banda e vão sentir falta de assisti-los no palco.

Por Eduardo Santos; Fotos: Leandro Almeida