Glenn Hughes em São Paulo: review e galeria de fotos

11/11/2023
Vip Station, São Paulo-SP

A expectativa era grande. Acompanho Glenn Hughes desde 1994, quando ele fez uma pequena aparição no extinto bar Black Jack, em São Paulo, época que ele tinha vindo para o Brasil para divulgar o álbum “From Now On”. Depois disso, o The Voice of Rock fez história no Brasil com vários passagens desde 1998. 

A tour Classic Deep Purple Live celebra os anos em que Glenn fez parte do Deep Purple, focada nos álbuns “Burn” (1973), “Stormbringer” (1974) e “Come Taste de Band” (1976). Aos 72 anos e esbanjando muita técnica e saúde, esse senhor inglês mostrou porque é apelidado de The Voice Of Rock.

Ele veio acompanhando de uma banda muito competente: Soren Andersen (guitarra), Ash Sheehan (batera) e Bob Fridzema (teclados). A banda nos presenteou com uma sequência de clássicos para emocionar qualquer fã que estava ali presente. 

 

Com a banda entrosada tivemos o privilégio de curtir todo feeling vocal e improviso que Glenn é capaz de fazer. Além disso, há a sua maneira de tocar baixo com sua pegada mais voltada para o funk que só ele sabe fazer muito bem.

Outro ponto positivo é o guitarrista Soren Andersen, que está com Glenn desde 2009, esbanjando muita técnica e emoção na sua maneira de tocar. 

E ainda tivemos a surpresa do batera Chad Smith (Red Hot Chilli Peppers), amigo de Glenn e que já gravou 5 álbuns com ele, que executou “Highway Star” e “Burn” com direito a quebrar a bateria. 

Realmente esse senhor inglês ainda tem muita coisa para nos presentear. Para cantar da maneira que ele canta, com certeza ele não é desse planeta – porque caras como Coverdale e Gillan já não conseguem ter a força que Glenn Hughes ainda tem.  A única coisa que faltou foi algo do Trapeze ou da carreira solo.

Por José Fernando Goulart; Fotos: Leandro Almeida